Estômago
Palavra grega gastersignifica estômago; por conseguinte, gastro-é um
termo comum que
quer dizer estômago, daí o termo trato gastrintestinal.
O estômago,
localizado entre o esôfago e o intestino delgado, é a porção mais
dilatada do tubo digestivo. Quando vazio, o estômago tende a estar silabado.
Quando solicitado como um reservatório para alimento e líquido deglutidos,
o estômago é notavelmente expansível. Após uma grande refeição, o
estômago é capaz de se distender a um ponto próximo ao ponto de
ruptura.
Como a
forma e a posição do estômago são altamente variáveis, a forma e a
localização médias serão usadas nas próximas ilustrações, com as variações
vistas mais adiante neste capítulo.
ORIFíCIOS E
CURVATURAS GÁSTRICAS
A junção
esofagogástrica (orifício cardíaco) é uma abertura entre o esôfago e o estômago
(Fig. 14.13). Um pequeno músculo circular, chamado esfíncter cárdico, permite que
alimentos e líquidos atravessem o orifício cárdico. Essa abertura (Junção
esofagogástrica) é comumente chamada de orifício cárdico, em referência ao relacionamento anatômico desse orifício
Superiormente
a esse orifício encontra-se um nó, chamado nó cárdico (incisura
ardíaca). Essa porção esofágica distal abdominal se encurva
para formar uma
porção
ligeiramente mais dilatada do esôfago terminal, chamada de antro cárdico.
A abertura,
ou orifício, do estômago distal é denominada orifício pilórico, às vezes
chamada apenas pilaro. O esfíncter pilórico desse orifício é um anel muscular
espessado que se relaxa periodicamente durante a digestão, permitindo
que o conteúdo gástrico se dirija para a porção inicial do intestino delgado, o
duodeno.
A pequena
curvatura, se estendendo ao longo da borda direita, ou medial, do estômago, forma uma borda côncava que vai do cárdia ao orifício pilórico.
A grande
curvatura se estende ao longo da borda esquerda, ou lateral, do estômago; é
quatro a cinco vezes maior que a pequena curvatura.
SUBDIVISÕES DO ESTÔMAGO
O estômago
é composto por três regiões básicas: (1) o fundo, (2) o corpo e
(3) a
porção pilórica (Fig. 14.13). O fundo é a porção em forma de balão, lateral
e superior
em relação ao cárdia. A porção superior do estômago, incluindo o antro cardíaco do esôfago, é relativamente fixa ao diafragma e tende a
se movimentar
com o movimento do diafragma. Na posição ortostática, o fundo é
normalmente preenchido por uma bolha de ar deglutido, conhecido como bolha
gástrica.
Na porção
distal do corpo gástrico há uma área de constrição parcial separando
o corpo da
porção pilórica. Esse "nó", ou constrição anular, é denominado nó
angular
(incisura angular). A porção pilórica do estômago é a sua porção distal,
orientada
medialmente e à direita da incisura angular.
A porção
pilórica do estômago em geral é dividida em duas partes: (1) o antro
pilórico,
mostrado como uma ligeira dilatação imediatamente distal à incisura
angular, e
(2) o canal pilórico, um canal estreito que termina no esfíncter pilórico.
O estômago preenchido com bário na Fig. 14.14 demonstra a verdadeira forma
e aparência
do estômago, como vistas nessa incidência em PA do estômago e
uodeno como
parte de uma SEED. Reveja as regiões assinaladas e compare-as
com aquelas
da ilustração acima.
PREGAS OU RUGAS NO INTERIOR DO ESTÔMAGO
Quando o
estômago se encontra vazio, a superfície interna é marcada por numerosas pregas gástricas longitudinais chamadas
rugas. Essas pregas
são mostradas na Fig. 14.1 5 e são também
demonstradas pelas fissuras serpiginosas
da radiografia do estômago contrastado
com bário e ar mostrado na Fig. 14.18.
O
canal gástrico, formado pelas pregas ao longo da pequena curvatura (Fig.
14.15), direciona os líquidos diretamente do corpo gástrico para o piloro.
POSICIONAMENTO GÁSTRICO
A ilustração da Fig. 14.16 mostra a orientação
típica de um estômago parcialmente cheio
O fundo, além em geral de ser a porção mais
superior do estômago, está localizado
posteriormente ao corpo, como visto na
representação lateral.
O corpo pode ser visto como inferior e anterior em
relação ao fundo.
A porção pilórica se dirige posteriormente. A
válvula pilórica (esfíncter) e aprimeira
porção do intestino delgado estão muito
próximas da parede abdominal posterior. As relações entre essas partes
do estômago são importantes, tendo em vista a distribuição do
DISTRIBUIÇÃO AR - BÁRIO NO ESTÔMAGO
Se um indivíduo deglute uma mistura de água e
sulfato de bário, juntamente com alguma porção de ar, como nas Figs. 14.17
e
14.18, a posição do corpo desse
indivíduo vai determinar a distribuição do ar e do bário no interior do estômago.
Como já observado, na ilustração em vista lateral
pode-se observar que em
decúbito
dorsal a região fúndica do estômago é a mais baixa, onde o bário,
mais pesado, vai se alojar (Fig. 14.17).
Em decúbito ventral o fundo é a porção mais alta,
fazendo com que o ar
preencha essa região do estômago, como visto na
Fig. 14.18.
Essa aparência de acordo com o posicionamento é também
mostrada nas
ilustrações da Fig. 14.19, onde o ar é representado
em preto e o bário em branco,
da mesma forma que se apresentam numa imagem
radiográfica.
A ilustração inferior esquerda mostra o estômago de
uma pessoa em
decúbito dorsal.
A ilustração do meio mostra o estômago de uma
pessoa em decúbito ventral.
A ilustração inferior à direita mostra o estômago
de uma pessoa que se
encontra em posição ortostática. Nessa posição, o
ar tende a ascender até o
fundo, enquanto o bário desce, por gravidade,
preenchendo a porção pilórica
do estômago. O nível ar-bário na posição
ortostática tende a ser uma linha reta,
iferentemente
do que ocorre nos decúbitos dorsal e ventral.
Quando se estudam imagens radiográficas do estômago
contendo ar e bário,
deve-se determinar a posição do paciente pelas
localizações relativas do ar e
do bário dentro do estômago.
.
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