quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PROCEDIMENTO RADIOGRÁFICO - SIST. GASTROINTESTINAL ALTO


Aspectos em Comum

Os procedimentos ou exames radiográficos do tubo digestivo como um todo são similares em três aspectos gerais.
Primeiro, como muitas partes do TGI são comparáveis em densidade aos tecidos adjacentes, algum tipo de contraste deve ser adicionado ara visualizar as várias
partes do TGI. As únicas regiões do tubo digestivo que podem ser vistas em radiografias comuns são o fundo gástrico (com o paciente em pé), graças à bolha gástrica, e partes do intestino grosso, graças ao ar e ao material fecal que se acumula.
A maior parte do tubo digestivo se mistura com as estruturas adjacentes e não pode ser visualizada sem o
uso de contraste. Esse fato é ilustrado pela comparação de uma radiografia comum de abdome (Fig. 14.32) com uma radiografia contrastada com sulfato de bário (Fig. 14.33).
O segundo aspecto em comum é que o estágio inicial de cada exa­me radiográfico do tubo digestivo é realizado com fluoroscopia. A fluoroscopia permite ao radiologista (1) observar o TGI em movimento, (2) produzir imagens radiográficas durante o exame e (3) determinar as ações mais apropriadas para um exame radiográfico completo. Visualizar órgãos em movimento e isolar estruturas anatômicas é absoluta­mente essencial no exame radiográfico do TGI alto. As estruturas nessa área assumem uma grande variedade de formas e tamanhos, dependendo do biotipo, da idade e de outras influências individuais.
Além disso, a atividade funcional do tubo digestivo exibe uma ampla faixa de diferenças que são consideradas dentro dos limites da normalidade.
Além dessas variações, existe um grande número de alterações ou condições anormais, tornando importante que esses órgãos sejam visualizados diretamente pela fluoroscopia.
Um terceiro ponto em comum é que as imagens radiográficas são registradas
durante, e freqüentemente após, o exame fluoroscópico, a fim de fornecer um registro dos achados normais ou anormais. Uma radiografia com raios emitidos
de cima para baixo pós-fluoroscopia está sendo preparada pelo radiologista para a exposição, após a realização da fluoroscopia em uma SEED – Fig. 14.35. A seção sobre posiciona­mento, adiante neste capítulo, descreve as incidências rotineiras mais comuns pós-fluoroscopia para a esofagografia e a SEED.
Com o uso crescente da fluoroscopia digital, o número de radio­grafias pós-fluoroscopia diminuiu muito. Alguns centros confiam estrita­mente na imagem por fluoroscopia digital, em vez de qualquer outra imagem
adicional pós-fluoroscopia. A fluoroscopia digital é descrita em mais
detalhes mais adiante neste capítulo.







terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

BIOTIPOS - SIST. GASTROINTESTINAL ALTO


SUMÁRIO
 
Em geral, três funções básicas do sistema digestivo são realizadas no interior do tubo digestivo. Primeira, a ingestão e/ou digestão toma lugar na cavidade oral, faringe, esôfago, estômago e intestino delgado. 
Segunda, os produtos finais da digestão, juntamente com água, vitaminas e minerais, são absorvidos principalmente pelo intestino delgado e, em pequena monta, pelo estômago, sendo, então, transportados para o sistema circulatório. Terceira, o material desprezado e não-absorvido é eliminado pelo intestino
grosso. (As funções digestivas do intestino grosso são descritas no Capo 15.)


Biotipo

O biotipo tem um grande efeito na localização do TGI no interior da cavidade abdominal. Para posicionar o paciente adequadamente e com precisão para a realização de procedimentos radiográficos do TGI, deve-se conhecer e entender as características de cada uma das classes de biotipo. As quatro classes gerais de biotipo estão na Fig. 14.23.


HIPERESTÊNICOS VERSUS HIPOSTÊNICOS/ASTÊNICOS (Fig. 14.25) 
Hiperestênicos: O tipo hiperestênico refere-se aos 5% da população com a constituição corporal atarracada, com o tórax e o abdome muito largos e profundos ântero-posteriormente. Os pulmões são curtos, e o diafragma é alto. O cólon transverso é elevado, e todo o intestino grosso tende a se alojar na periferia da cavidade abdominal. Esse tipo geral­mente requer duas radiografias a partir da linha média para incluir todo o intestino grosso. 
A vesícula biliar tende a se localizar em relação com a região pilórica e o bulbo duodenal. No paciente hiperestênico, a vesícula biliar está elevada e quase transversa, localizando-se bem à direita da linha média. O estômago também está muito elevado e assume uma posição trans­versa, estendendo-se aproximadamente de T9 a T12, com o seu centro cerca de 1 polegada (2,5 cm) distalmente ao processo xifóide. O bulbo duodenal se encontra no nível de T11 ou T12, à direita da linha média.

Hipostênicos/ Astênicos: Esses indivíduos, que representam o tipo corporal oposto, são mais magros e têm pulmões mais estreitos e compridos, com o diafragma baixo. Essa disposição faz com que o intestino grosso esteja muito rebaixado no abdome e tenha a sua maior capacidade na região pélvica. 
O estômago tem a forma de J e situa-se mais baixo no abdome, estendendo-se de T11 até abaixo das cristas ilíacas, aproximadamente até L5 ou até mesmo mais baixo. A porção vertical do estômago está à esquerda da linha média, com o bulbo duodenal próximo à linha média, no nível de L3 ou L4. 
A vesícula biliar está próxima à linha média ou ligeiramente à direita e verticalmente no nível da crista ilíaca, aproximadamente em L3 a L4.

Estênicos: (Fig. 14.25) A compleição corporal média é o tipo estênico, que é uma versão mais magra do hiperestênico. O estômago também lembra um J, está localizado mais inferiormente que o tipo atarracado, e geralmente se estende de T10 ou T11 até L2, aproximadamente. O bulbo duodenal se encontra entre L1 e L2, à direita da linha média. A vesícula biliar é menos transversa e se localiza a meio caminho entre a parede abdominal lateral e a linha média. A flexura colônica esquerda (esplênica) do intestino grosso é frequentemente muito elevada, iocalizando-se logo abaixo do diafragma esquerdo.

FATORES ADICIONAIS


Além do biotipo, outros fatores que afetam a posição do estômago incluem o conteúdo gástrico, a respiração, a posição corporal (em perversos deitado) e a idade. Como a porção superior do estômago está presa ao diafragma, se o indivíduo se encontra em inspiração ou expiração completa afetará a extensão supina do estômago. Todos os órgãos abdominais tendem a se rebaixar entre 1 a 2 polegadas (2,5 a 5 cm) na posição ortostática, ou mesmo mais, de acordo com a idade e a perda do tônus muscular. Para o radiologista, a localização correta do estômago e de outros órgãos de acordo com os diferentes tipos corporais evolui com a prática de posicionamento dos pacientes.
SUMÁRIO: FUNÇÕES  BÁSICAS DO SISTEMA DIGESTIVO.


1. Ingestão e/ou digestão
Cavidade oral
Faringe
Esôfago
2, Absorção
Intestino delgado e estômago
3. Eliminação
Intestino grosso
Estômago
Intestino delgado


.
.