Aspectos em
Comum
Os
procedimentos ou exames radiográficos do tubo digestivo como um todo são
similares em três aspectos gerais.
Primeiro,
como muitas partes do TGI são comparáveis em densidade aos tecidos adjacentes,
algum tipo de contraste deve ser adicionado ara visualizar as várias
partes do
TGI. As únicas regiões do tubo digestivo que podem ser vistas em radiografias
comuns são o fundo gástrico (com o paciente em pé), graças à bolha
gástrica, e partes do intestino grosso, graças ao ar e ao material fecal que se
acumula.
A maior
parte do tubo digestivo se mistura com as estruturas adjacentes e não pode ser visualizada sem o
uso de contraste. Esse fato é ilustrado pela comparação
de uma radiografia comum de abdome (Fig. 14.32) com uma radiografia
contrastada com sulfato de bário (Fig. 14.33).
O segundo aspecto
em comum é que o estágio inicial de cada exame radiográfico
do tubo digestivo é realizado com fluoroscopia. A fluoroscopia permite ao
radiologista (1) observar o TGI em movimento, (2) produzir imagens
radiográficas durante o exame e (3) determinar as ações mais apropriadas
para um exame radiográfico completo. Visualizar órgãos em movimento e
isolar estruturas anatômicas é absolutamente essencial no exame
radiográfico do TGI alto. As estruturas nessa área assumem uma grande
variedade de formas e tamanhos, dependendo do biotipo, da idade e de outras
influências individuais.
Além disso,
a atividade funcional do tubo digestivo exibe uma ampla faixa de
diferenças que são consideradas dentro dos limites da normalidade.
Além dessas
variações, existe um grande número de alterações ou condições
anormais, tornando importante que esses órgãos sejam visualizados diretamente
pela fluoroscopia.
Um terceiro
ponto em comum é que as imagens radiográficas são registradas
durante, e
freqüentemente
após, o exame fluoroscópico, a fim de fornecer um registro dos
achados normais ou anormais. Uma radiografia com raios emitidos
de cima para
baixo pós-fluoroscopia está sendo preparada pelo radiologista para a
exposição, após a realização da fluoroscopia em uma SEED – Fig. 14.35.
A seção sobre posicionamento, adiante neste capítulo, descreve as
incidências rotineiras mais comuns pós-fluoroscopia para a esofagografia e a
SEED.
Com o uso
crescente da fluoroscopia digital, o número de radiografias pós-fluoroscopia
diminuiu muito. Alguns centros confiam estritamente na imagem
por fluoroscopia digital, em vez de qualquer outra imagem
adicional
pós-fluoroscopia. A fluoroscopia digital é descrita em mais
detalhes
mais adiante neste capítulo.