A mistura baritada é contra-indicada se há alguma chance de que a mistura possa
escapar para a cavidade peritoneal. Esse escape
pode ocorrer em virtude de
uma víscera perfurada, ou durante uma cirurgia realizada após o procedimento
radiográfico. Em qualquer uma dessas condições, deve-se usar um contraste
iodado solúvel em água. Um exemplo
desse tipo de contraste é o
Gastroview, mostrado na Fig. 14.40, em um frasco de 240 ml. Outros exemplos são
o Gastrografinou, o Hypaque Oral, ambos facilmente removidos por
aspiração antes ou durante a cirurgia. Se houver escape desses tipos
de contraste
para a cavidade peritoneal, o organismo é capaz de reabsorvê-lo
prontamente.
O sulfato de bário, por outro lado, não é absorvível.
Uma
desvantagem dos contrastes solúveis em água é o gosto amargo. Embora possam ser
misturados a bebidas carbonatadas para disfarçar o gosto amargo, geralmente
são usados puros ou diluídos em água. O paciente deve ser alertado quanto ao
gosto do material a ser usado no procedimento.
Advertência: O
contraste iodado não deve ser usado se
o paciente é sensível ao iodo.
Deve também
ser dito que um pequeno número de pacientes é hipersensível ao sulfato
de bário e seus aditivos. Embora essa seja uma ocorrência rara, o paciente
deve ser observado quanto a quaisquer sinais de reação alérgica.
DUPLO
CONTRASTE
A técnica de
duplo contraste é
amplamente empregada na busca diagnóstica de certas
condições e doenças durante a SEED. Alguns centros também realizam esofagografia
com duplo contraste. O uso de procedimentos com duplo
contraste empregando meios radiopacos e radiotransparentes foi desenvolvido no Japão,
onde há alta incidência de câncer gástrico.
O contraste radiopaco
é o sulfato de
bário. É usado o bário de alta densidade, oferecendo
uma boa cobertura da mucosa gástrica. Há um recipiente comercializado,
pré-medido, em que uma quantidade determinada de sulfato de bário é
fomecida para que o técnico possa adicionar água e misturar completamente o contraste.
O contraste
radiotransparente é
o ar ambiente ou o dióxido
de carbono. Para fazer o ar ganhar o
TGI alto, pequenos furos são feitos com
agulha no canudo usado para o
paciente ingerir o bário. Assim, o ar será deglutido junto com o bário.
O dióxido de
carbono é criado quando o paciente ingere cristais produtores de gás.
Duas formas
comuns desses cristais são o citrato de cálcio e
o citrato de magnésio. Ao
alcançarem o estômago, esses cristais
formam uma grande bolha de
gás. O gás se mistura com o bário e força-o
contra a mucosa gástrica, fornecendo
melhores cobertura e visibilidade da mucosa e de seus padrões (Fig. 14.4
1). As pregas da mucosa longitudinal e do estômago são
vistas na Fig.
14.42 (setas). Potenciais pólipos, divertículos e úlceras são demonstrados melhor com a
técnica do duplo contraste.
ELIMINAÇÃO
INTESTINAL DO BÁRIO APÓS O EXAME (DEFECAÇÃO)
Urna das
funções normais do intestino grosso é a absorção
de água.
Qualquer
mistura de sulfato de bário existente no intestino grosso após o procedimento
seriográfico ou o enema de bário pode se tornar endurecida ou
solidificada e, consequentemente, dificultar a evacuação.
Alguns pacientes podem
requerer um laxante após o exame para ajudar a remover o bário.
Se os
laxantes estiverem contra-indicados, deve-se aumentar a
ingestão
de líquidos ou
de mais óleo mineral até que as fezes fiquem livres de todos os traços do
sulfato de bário.